Influenciadas principalmente pela expansão das vendas de Alimentos (23,9%), Tabaco (17,3%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (48,2%) e Químicos (16,3%), as exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 1,59 bilhão em outubro, crescimento de 27,2% em relação ao mesmo mês de 2016.
O setor industrial embarcou US$ 1,24 bilhão, o que representa 18,7% a mais nessa base de comparação, gerando a maior contribuição para o saldo final agregado. Porém, o resultado positivo deve ser visto com cautela, uma vez que a expectativa é de que as exportações da indústria encerrem 2017 com crescimento marginal em relação a 2016. Será preciso elevar em aproximadamente 20% os embarques somente para devolvermos as perdas incorridas pelo setor desde 2012, pondera o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Para a indústria de transformação, o aumento de 18,7% nas vendas externas é a maior taxa já registrada no comparativo interanual desde janeiro (21,2%). Parte dessa elevação se deve ao maior número de dias úteis em outubro de 2017 (21) em relação ao mesmo período de 2016 (20). Também a pequena base de comparação ajudou na composição da taxa: em outubro do ano passado, as vendas externas do setor secundário haviam sido as menores para o mês desde 2006. Por segmento industrial, dos 23 que registraram alguma operação de exportação em outubro, 16 tiveram alta, seis mantiveram-se estáveis e apenas um caiu. A queda se deu em Celulose e papel (-46,7%), por conta dos danos em uma das caldeiras de recuperação da CMPC Celulose Riograndense, em Guaíba. Já o grupo dos produtos básicos, cujas vendas no exterior alcançaram US$ 341 milhões, cresceu 72,2% no período por conta do desempenho da soja (+71,4%). Entre os países compradores o maior destaque continuou com a China, que adquiriu US$ 407,5 milhões no mês, 15,7% a mais que no mesmo período do ano passado.
A Argentina foi o segundo principal destino das exportações do RS: comprou US$ 182,5 milhões, aumento de 73,8%. Estados Unidos, com US$ 98,8 milhões (18,7%), seguiram em terceiro. Ainda sobre outubro, as importações totais foram de US$ 889 milhões, alta de 22,7%. Por categoria de uso, Bens de capital (65,3%), de Consumo (53%) e os Intermediários (11%) exerceram influências positivas. Já Combustíveis e lubrificantes sofreu recuo de 5,4%.
Fonte: FIERGS