O projeto de implantação de uma Usina Térmica de Energia (UTE) em Cambará do Sul com capacidade instalada de terá 50 MW (cerca de 1,2% da demanda média de energia do RS) foi contemplado em leilão realizado nesta quinta-feira (20) pelo governo federal. O SINDIMADEIRA RS comemorou o resultado porque, junto com a prefeitura de Cambará e empresários da região, capitaneou a viabilização do projeto desde 2012 O leilão de energia A-6 (seis anos de prazo para entregar a geração comercializada), teve dois projetos gaúchos que saíram vencedores do certame. Somadas, a térmica a biomassa (queima de matéria orgânica) Cambará e a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Forquilha IV absorverão, aproximadamente, R$ 280 milhões em investimentos.
O diretor executivo da Ômega Engenharia (empresa envolvida com o empreendimento termelétrico), Carlos Eduardo Trois de Miranda, comenta que o aporte na iniciativa será de R$ 200 milhões a R$ 210 milhões. Além da usina, o complexo de obras contempla a implantação de uma linha de transmissão de 138 kV, com cerca de 40 quilômetros de extensão. A estrutura ligará a termelétrica até uma subestação localizada no município de São Francisco de Paula. A térmica será alimentada com madeira proveniente de resíduos florestais e de serrarias. Miranda informa que, a partir da conquista da licença ambiental de instalação, a usina levará cerca de 30 meses para ser concluída. A expectativa é que o licenciamento seja obtido dentro dos próximos seis meses. Como, pelo contrato do leilão, a unidade só precisa fornecer energia para o sistema elétrico nacional em 1º de janeiro de 2023, se conseguir antecipar o empreendimento, o executivo adianta que a usina poderá vender energia antes dessa data no mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão adquirir a eletricidade).
O cálculo da empresa é que a construção da usina irá gerar em torno de mil empregos diretos e indiretos; já na operação, serão criados 36 empregos diretos. O consumo da térmica será de, aproximadamente, 650 mil toneladas de madeira ao ano.
Fonte: Jornal do comércio/Sindimadeira-RS