AMBIENTE DE NEGÓCIOS DO RS É O 22° COLOCADO ENTRE OS ESTADOS BRASILEIROS
O Banco Mundial divulgou na semana passada o relatório chamado Doing Business Subnacional Brasil 2021. O estudo apresenta uma análise comparativa do ambiente de negócios nas 27 capitais brasileiras, que representam todas as unidades federativas, em c
O Banco Mundial divulgou na semana passada o relatório chamado Doing Business Subnacional Brasil 2021. O estudo apresenta uma análise comparativa do ambiente de negócios nas 27 capitais brasileiras, que representam todas as unidades federativas, em cinco áreas: abertura de empresas, obtenção de alvará de construção, registro de propriedades, pagamento de impostos e execução de contratos.
Em síntese, o Doing Business mede aspectos da regulamentação que permitem ou impedem os empreendedores de abrir, operar ou expandir uma empresa. Os melhores desempenhos foram registrados em São Paulo (São Paulo), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Roraima (Boa Vista).
O Rio Grande do Sul, avaliado pelos dados da capital Porto Alegre, ficou no 22º lugar no ranking geral entre as 27 unidades da federação. O Estado está mal classificado em três dos cinco itens avaliados:
• Registro de propriedades (24º), pois ocupa as últimas posições em número de procedimentos (18 procedimentos) e número de dias (51,5 dias) para se transferir uma propriedade. A média dos estados brasileiros nesses quesitos foi de 15,4 procedimentos e 38,6 dias, respectivamente.
• Execução de contratos (21º), devido ao elevado número médio de dias para a execução (1.078 dias). A média dos estados foi de 953 dias. • Obtenção de alvarás de construção (20º), pelo número de dias para a obtenção (367,5 dias). Isso significa um tempo 104,7% maior que Roraima, primeiro colocado (179,5 dias). Nos dois itens restantes, o RS foi melhor avaliado:
• Abertura de empresas (7º), em função do número de procedimentos (10 procedimentos) e da proporção de renda per capita consumida para o processo de abertura (1,7%). Em ambos, o RS apresentou o segundo melhor resultado do país.
• Pagamento de impostos (12º), por conta da carga tributária total medida como proporção sobre os lucros – de 65,1%, abaixo da média dos estados (65,3%).
Os resultados do Doing Business Subnacional Brasil mostram que, além do Custo Brasil, as empresas gaúchas precisam superar o Custo RS, lidando com mais burocracia e entraves em relação aos demais estados da federação.
Ainda que esses rankings não sejam perfeitos, oferecem uma orientação dos pontos que precisam ser melhorados para a construção de um ambiente de negócios propício ao desenvolvimento.