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O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI/RS) recuou 3,1 pontos na passagem de março para abril, a terceira queda consecutiva, aponta a pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta quinta-feira (18). Apesar da redução, se mantém em patamar elevado, com 60,9 pontos, mesmo que no nível mais baixo do período após as eleições de outubro de 2018. “A confiança do industrial gaúcho passa por um processo natural de convergência do otimismo provocado pelas eleições para patamares mais compatíveis com o desempenho econômico e as incertezas em relação ao andamento das reformas no País”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Todos os componentes, das condições atuais e das expectativas, caíram em abril, mas continuam no terreno positivo, acima de 50 pontos. O Índice de Condições Atuais (ICA) passou de 56,1 para 53,2 pontos. Permanece entre os empresários industriais a percepção de melhora, mas com menor otimismo do que em meses anteriores. Esse quadro se revela com mais força quando tratado em relação à economia brasileira, que caiu 4,5 pontos em um único mês, para 53,5. O sentimento de recuperação nesse subcomponente entre os empresários diminuiu de 37,1% para 28,3%, mas ainda prevalece sobre a parcela que percebe piora, que subiu muito, de 5,4% para 14,7%. A maioria (57%) não percebeu mudanças. “O otimismo foi impulsionado e ainda é sustentado pela perspectiva de que a força política do novo governo possibilitará a formação de uma coalizão pró-reformas no Congresso, especialmente a da Previdência”, comenta Petry.

Já o Indicador de Condições Atuais das Empresas (ICA-E) diminuiu de 54,9 para 53,1 pontos.

EXPECTATIVAS
O Índice de Expectativas (IE) para os próximos seis meses seguiu o mesmo quadro, na opinião dos empresários consultados, caindo de 67,9 para 64,6 pontos no período. Isso significa que, em abril, o otimismo segue disseminado na indústria gaúcha, mas menos do que no mês anterior. A maior influência para a queda do otimismo decorreu, mais uma vez, da percepção menos favorável em relação à economia brasileira. Na comparação com março, foram 4,8 pontos a menos, atingindo 62,2. A maioria dos empresários consultados (54,7%) está otimista, e apenas 5,7%, pessimistas. Porém, a queda foi acentuada. Em março, esses percentuais eram de 68,8% e 3,4%, respectivamente.

Já o Indicador de Expectativas das Empresas (IE-E) caiu de 68,4 para 65,9 pontos, mas segue indicando otimismo com o futuro das empresas, o que permite projetar crescimento do setor em 2019.
A pesquisa foi realizada entre 1º e 12 de abril, com 192 empresas, sendo 44 pequenas, 71 médias e 77 grandes. Mais informações em http://fiergs.org.br/pt-br/economia/indicador-economico/icei.